O PENSAMENTO CRISTÃO
Deus, porém, Não só nos criou, mas elevou-nos a um estado sobrenatural que leva à sua contemplação de modo infinitivo, face a face, sem véus. Somos levados a amar e a ver a Deus do mesmo modo pelo qual se vê Ele a Si mesmo, tornando-nos, assim, participantes da mesma vida divina. De tal modo, gozaremos não só de uma felicidade natural mas participaremos da mesma felicidades divina (cfr. I Cor 13,12; I Jo 3,2).
Deus porém condicionou a luz da visão beatífica ao mérito que o homem deve conquistar desenvolvendo nesta vida a sua atividade na fidelidade a seus deveres.
E é assim que a vida presente se torna o caminho que leva a Deus nosso último fim.
O homem é ajudado por Deus com a graça santificante, mediante a qual conservando embora a própria personalidade, é modificado na sua natureza e na sua capacidade de agir. Não se torna Deus, mas deiforme, isto é, semelhante a Deus, participando da natureza divina, capaz de captar diretamente a Deus na visão beatífica, quando a graça se transformar em glória.
Baseando-se nesta doutrina, torna-se evidente que toda a vida presente se dirige à perfeita possessão de Deus. Assim, deve-se compreender toda a nossa vida terrena. Não se nega nenhum dos valores humanos, mas tomamos todos, elevamo-los ao fim sobrenatural, segundo as palavras de Cristo: “Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça: o resto vos será dado por acréscimo” (Mt 6,33).
A vida da graça se desenvolveno homem mediante a caridade. Jesus nos propõe um modelo de perfeição – Deus: "Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai que esta no céu". É este o programa que o homem deve realizar na vida terrena.
O termo é inatingível, mas deve o homem esforçar-se por aproximar-se d’Ele o mais possível, superando o maior obstáculo encontrável: o pecado mortal, que dá morte à alma separando-a de Deus.
Conclusão: A felicidade e o fim ultimo do homem consistem unicamente em Deus, porque só Deus pode satisfazer todo desejo humano. Retamente afirma, pois, Santo Agostinho: “Ó Senhor, tu nos criaste para Ti e o nosso coração não encontra repouso enquanto não descansar em Ti” (Confissões, lib. I, n. I).